
A ginecologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC), de Jaú (SP), Lenira Mauad, participou como coautora de um artigo em parceria com médicos do Hospital Albert Einsten, de São Paulo (SP). A revisão narrativa tem como foco as complicações ginecológicas em pacientes após o Transplante de Medula Óssea (TMO).
Convidada pela autora principal, Andréa Novaes Machado, a responsável pelo atendimento diferenciado às mulheres que realizam o procedimento no HAC contribuiu com informações e imagens para o estudo, que destaca a importância do acompanhamento adequado dessas pacientes.
O conteúdo disponível no site especializado Science Direct aponta que um número crescente de jovens que sofrem de doenças hematológicas, malignas ou benignas, a pelo transplante de medula óssea. “No entanto, elas enfrentam problemas ginecológicos relacionados à Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro e é muito importante a detecção e manejo adequados das alterações para evitar danos irreversíveis”, destaca Lenira.
No Amaral Carvalho, há 14 anos, todas as pacientes são atendidas pela ginecologista antes do TMO, nas intercorrências durante o tratamento e nas alterações precoces ou tardias, como falência ovariana induzida pela quimioterapia ou o comprometimento dos órgãos genitais. “Ao longo desses anos, fui aprendendo e me envolvendo muito com esse tipo de cuidado, geralmente de jovens que precisam conviver com a perda de fertilidade, menopausa precoce e uma série de fatores que impactam na sua vida conjugal e na sua condição de mulher”, relata a médica.
De acordo com Lenira, o HAC é um dos poucos serviços no mundo que oferece esse tipo de assistência. “Infelizmente, essa não é a realidade nem prioridade dos centros de transplante de medula. Poder colaborar para atenuar as sequelas físicas e emocionais dessas mulheres é muito gratificante, espero poder ampliar e disseminar essa iniciativa”, comentou.