Covid-19: desinfecção das ambulâncias é rotina no SAMU

Para a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) a segurança é inegociável. Isso inclui cuidados com as equipes de profissionais e com todos que utilizam o serviço. Por isso, uma prática que já era adotada pelo SAMU antes da pandemia Covid-19, se tornou rotineira na instituição. Sempre que um paciente com suspeita de doença infectocontagiosa era transportado, a ambulância era rigorosamente higienizada. Hoje, o atendimento a pacientes com síndromes gripais, que podem indicar suspeita para a Covid-19, representam 40% dos acionamentos do serviço. Após cada remoção, tem início o processo de desinfecção.

O médico coordenador do SAMU, Dr. Mário Jorge Kodama, explica que o processo foi intensificado desde março de 2020, no início da pandemia. “A higienização é feita assim que a ambulância retorna à Base. São higienizados e desinfectados todos os itens, como maca, equipamentos, mochilas, bancos, teto e chão. O produto usado é à base de quaternário de amônio de 4ª geração, além de ser pulverizado, deve ser friccionado em todas as superfícies”, especifica.

A higienização é feita pela própria tripulação. “Ao retornar para nossa Base, a unidade móvel já estaciona em local apropriado e a equipe, já paramentada, realiza o procedimento. Afinal, esse processo não pode ser negligenciado para a segurança da equipe e do próximo usuário”. A duração da higienização é de 25 a 30 minutos.

Para que este tempo de limpeza das unidades não interferisse no tempo-resposta de atendimento à população, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo e a Prefeitura Municipal de Jundiaí (SP), viabilizaram o incremento de mais uma unidade móvel ao serviço. “O Ministério da Saúde preconiza uma ambulância de e Básico de Vida para cada 150 mil habitantes, em Jundiaí atualmente temos cinco, duas a mais que o recomendado”, explica o médico.

Das seis viaturas, cinco são de e básico de vida e uma viatura de e Avançado de Vida, tripulada por um médico, enfermeiro e condutor socorrista, sendo acionada nos casos mais críticos.

A equipe que presta atendimento a qualquer pessoa com sintomas gripais segue protocolo de paramentação que estabelece o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), macacão e botas de canos longos, além de aventais impermeáveis, luvas, máscara de proteção, touca, óculos e face shield. A desparamentação só ocorre após a higienização da unidade móvel.

“Ao final, eles retiram cuidadosamente a paramentação, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. Os itens descartados são colocados em um local adequado, sendo recolhido por empresa especializada no cuidado de lixo infectante”, conclui o médico sobre o zelo para evitar contaminações.

Redação

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