As tendências de logística, planejamento da demanda, gestão de custos e processos de aquisição de materiais e medicamentos serão destaque do 1º Congresso de Supply Chain, que ocorrerá em 21 de maio, em São Paulo. Sob o tema “O futuro da saúde aplicado à cadeia de suprimentos”, o evento mostrará como a tecnologia vem transformando o setor, proporcionando mais eficiência aos processos, reduzindo custos com estoques, melhorando o atendimento às demandas das equipes médicas e de enfermagem, além de dar ao profissional de compras um papel mais estratégico.
Voltado para compradores, farmacêuticos, planejadores de demanda e líderes da cadeia de suprimentos, mercado fornecedor e gestores em saúde, o encontro integra a programação da 30ª Hospitalar, o mais importante evento de saúde e a principal plataforma de geração de negócios e networking do setor na América Latina, que ocorrerá de 20 a 23 maio, no São Paulo Expo, na capital paulista. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio do endereço: www.hospitalar.com/pt/conteudos1/congressosupplychain.html.
O evento é coordenado pela executiva Ana Paula Gomes de Melo (gerente executiva da BP Suplly Chain da Beneficência Portuguesa de São Paulo), o consultor de Negócios em Saúde Anderson Cremasco (ex-diretor de Logística, Infraestrutura e Facilities do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital São Camilo, em São Paulo) e a consultora em Supply Chain em Saúde Leonisa Obrusnik (ex-diretora da Cadeia de Suprimentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo). e www.youtube.com/watch?v=TupKOa3uBNQ&list=PLqfmVkzHPrZAI1C-WQZpKIRw99gPdkTAk&index=5 e ouça o podcast sobre o congresso.
O futuro profissional de Supply Chain
O setor de suprimentos, ou Supply Chain, é o centro das operações logísticas de um hospital. Cabe a ele realizar a compra, a armazenagem e o transporte de materiais e medicamentos, atendendo com rapidez as demandas das equipes médica e de enfermagem. Para identificar cada produto, usa-se um código alfanumérico conhecido pela sigla SKU, do inglês Stock Keeping Unit. Em português, ela significa Unidade de Manutenção de Estoque. Em média os hospitais trabalham com duas mil SKU em medicamentos, quatro mil SKUs em materiais (seringas, agulhas, fios cirúrgicos, etc) e dez mil SKUs em órteses, próteses e materiais especiais a depender do perfil de atendimento da instituição e outros insumos em geral.
O perfil tradicional do profissional de Supply Chain é o de especialista em negociação. Para realizar esta tarefa, compila uma série dados – desde informações técnicas dos itens a serem adquiridos, os fabricantes, os preços até o consumo médio do hospital. Até há pouco tempo, esses números eram transportados para tabelas em Excel, servindo de base para a negociação com os fornecedores.
Hoje, já existem no mercado vários softwares que, com o auxílio da inteligência artificial, compilam e cruzam dados. “Com o avanço dessas ferramentas, o profissional já pode analisar as informações fornecidas por essas ferramentas e tomar decisões estratégicas em benefício do hospital”, afirma o consultor Anderson Cremasco.
O tema será abordado na palestra “Profissional do Futuro: Como garantir o seu emprego para os próximos 5 anos”, proferida por Alex Leite, Speaker & Corporate Director na Live University, e mediada pela consultora Lenisa Obrusnik.
Na visão da gerente executiva da BP, Ana Paula Gomes de Melo, o setor possui profissionais bons e capacitados, mas que estão ainda dentro de uma curva de aprendizado focada no modelo humano-dependente. “Como as plataformas são capazes de fazer uma análise comparativa dos vários players do mercado, acredito irão nos ajudar na busca do que nunca transacionamos, trazendo alternativas e soluções, em lugar de apenas comparar preço como faz o profissional tradicional”, prevê a executiva.
Maior eficiência no controle do estoque
A tecnologia também contribuirá para reduzir os investimentos em estoque de materiais e medicamentos que, em alguns hospitais, alcança a cifra de R$ 100 milhões. Em um mundo ideal, os profissionais de suprimentos apresentariam um nível de atendimento com 100% de excelência com um estoque próximo do zero. Para reduzir a distância entre o sonho e a realidade, muitas instituições de saúde estão realizando uma série de estratégias, a maioria calcada na tecnologia.
Na palestra “Case BD ROWA de Automação na Logística Hospitalar no Hospital Alemão Oswaldo Cruz”, o congresso apresentará uma experiência muito bem sucedida desta instituição de saúde. O BD Rowa é um robô dispensador farmacêutico que armazena até 15 mil unidades em estoque e otimiza processos como armazenamento, separação e distribuição de insumos hospitalares.
“Esta ferramenta automatizada garante maior eficiência, segurança e rastreabilidade completa dos produtos”, afirma Leonisa Obrusnik, que será mediadora do debate. “O robô torna os inventários de produtos mais corretos, o que possibilita a realização de um bom planejamento de modo que nada falte à beira do leito”, complementa.
Já a BP investiu em um projeto, iniciado em 2018, para otimizar o espaço físico e aumentar a eficiência na logística de insumos. “Decidimos centrar nossos esforços no core business da instituição, que é o cuidado com a saúde das pessoas e deixar as outras atividades com os especialistas de cada área, incluindo o aporte tecnológico seja na estrutura de armazenagem, seja em equipamentos para otimizar recursos”, disse Ana Paula Gomes de Melo.
Assim a BP firmou parceria com um operador logístico, que centraliza toda a operação de recebimento, armazenagem e distribuição de insumos em todos os pontos de atendimento. São mais de 400 pontos com reposição diária, incluindo os dispensários eletrônicos. Todos estão conectados ao sistema inteligente de planejamento de demanda e estoques, que funciona integrado às plataformas do hospital e de seus fornecedores. Desta forma, a BP eliminou o espaço que antes era destinado ao estoque, além de recursos dedicados à operação logística intra-hospitalar.
Programação: www.hospitalar.com/pt/home.html
Inscrição: www.hospitalar.com/pt/quero-visitar/ingressos25.html