O câncer de estômago, ou câncer gástrico, é o terceiro tipo mais frequente entre os homens e o quinto entre as mulheres do país. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostraram que, em 2020, foram registrados 21.230 novos casos da doença, sendo 13.360 homens e 7.870 mulheres. Enquanto o número de mortes, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer (SIM), foi de 13.850, desses 8.772 homens e 5.078 mulheres.
O tipo mais comum é o adenocarcinoma, responsável por cerca de 95% dos casos. Outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago, no entanto, estes são mais raros.
Alguns dos sinais da doença são perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente. Para evitar e prevenir o câncer de estômago é recomendado manter o peso corporal, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos salgados e preservados em sal.
Apesar da prevenção, existem outras situações que podem aumentar o risco do seu desenvolvimento, entre elas, tabagismo; doenças pré-existentes, como anemia perniciosa; exposição a uma série de compostos químicos cancerígenos e a existência de parentes de primeiro grau com câncer de estômago.
Isso porque o câncer de estômago pode ser causado por mutações presentes no gene CDH1, que podem ser adas de pais para filhos. Em condições normais, esse gene evita que o câncer aconteça em nosso corpo, já que ele produz uma proteína chamada caderina epitelial, que recobre as cavidades do nosso corpo, fazendo com que as células fiquem juntas. Isso regula a proliferação das células, evitando que elas se multipliquem de forma descontrolada, que é justamente o estágio inicial de cada câncer.
Porém, quando o CDH1 é alterado, ele perde essa função e as células cancerígenas começam a se multiplicar de forma descontrolada, de forma a iniciar o crescimento de um tumor.
A estimativa é que pessoas com mutações nesse gene tenham a probabilidade de desenvolver a doença aumentada para até 70%. Já as pessoas sem mutações no CDH1 têm 1% de chance de desenvolver câncer de estômago durante a vida.
Conhecer o risco à doença proporciona uma vida com mais tranquilidade para todos. E isso pode ser feito por meio de testes de mapeamento genético, como o meuDNA que mostra a predisposição genética a esse tipo de câncer e de várias outras doenças. Com apenas uma amostra de saliva, você pode se proteger e, junto com seu médico, tomar as medidas necessárias para a prevenção.
As pessoas que têm mutações no DNA responsáveis por aumentar a predisposição ao câncer de estômago, devem conversar com um médico para definirem os cuidados e as medidas de redução do risco. Desse modo, o acompanhamento pode ser feito de forma personalizada, com base em todos os fatores envolvidos no desenvolvimento da doença. Por exemplo, exames de rastreamento podem ser iniciados mais cedo e feitos com maior frequência.
Os cânceres de estômago, mama, próstata, colorretal e outras doenças graves podem ser causadas por alterações em genes que estão na família. Por isso, testes de mapeamento genético, como meuDNA , podem ser importantes para os cuidados de toda a família, garantindo mais bem-estar e qualidade de vida.