Publicada Matriz de 2 anos para Residência em Medicina Paliativa

A medicina paliativa brasileira comemora, uma grande conquista em busca da especialização. Depois de anos de muito esforço e representações frente aos órgãos competentes e demais entidades de classe, a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (AN) celebra a aprovação por parte da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) da matriz de competências de Programas de Residência Médica para a Área de Atuação em Medicina Paliativa no Brasil, que será de 2 anos a partir de 2023, conforme publicado no Diário Oficial da União(DOU) de 2 de maio.

O o do postulante ao Programa será mediante conclusão de Programa de Residência Médica em Anestesiologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Geriatria, Mastologia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Neurologia, Nefrologia, Oncologia Clínica ou Pediatria. Esse é um marco de extrema importância para todos os profissionais que exercem a atividade paliativista no país, vide a urgente e elevada necessidade de profissionais capacitados na área de Cuidados Paliativos.

Segundo Douglas Crispim, atual presidente da AN, a aprovação da Matriz é motivo para celebração e salienta que isso ajudará a trazer mais valorização à área como um todo. “Para nós, o objetivo segue sendo que a medicina paliativa se torne especialidade e que haja a devida regulamentação das ações de Cuidados Paliativos em nosso país, para que possamos exercer a nossa profissão de forma digna e com maior valorização”, pontuou.

Sarah Ananda Gomes, médica paliativista e Coordenadora do Comitê de Residências Médicas e Pós-graduações da AN, diz que o movimento em prol da especialização dos Cuidados Paliativos a pela aprovação da matriz. “Como podemos verificar em nosso Documento do Diagnóstico Situacional, ainda temos poucos programas de Residência Medica distribuídos de forma heterogênea em nosso pais. Dessa forma, é notável que a aprovação das matrizes de competências – distribuídas em 2 anos de formação -, além de auxiliar na uniformização da formação oferecida aos nossos futuros paliativistas, se configura numa grande conquista e um importante marco nessa trajetória rumo ao reconhecimento como especialidade da medicina paliativa no Brasil, a exemplo de diversos países do mundo”.

Muitos profissionais colaboraram com essa vitória para atividade. É o caso do mestre em saúde pública e psiquiatra Fernando Antonio Pedrosa Fidelis, profissional que deve ser lembrado como um defensor dos 2 anos para o Programa de Residência Médica em Cuidados Paliativos, e de Maria da Penha Zago, professora do Departamento de Clinica Médica da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) que participou do processo que se findou com a aprovação da Matriz. Segundo ela, a conquista é um grande marco. “Sem dúvidas foi muito importante. A determinação de dois anos de Residência em Medicina Paliativa é mais adequada do que apenas um (ano)”. Penha Zago também ressalta que a AN e os paliativistas têm, agora, desafios muito importantes a serem encarados. “É uma mudança completa de paradigmas, pois agora são exigidos diversos requisitos. O desafio de mostrar a importância desses dois anos para os novos ingressos é primordial. Dependendo da área de atuação do residente, será muito mais tempo de estudo, dando muito mais profundidade às competências exigidas”, explica a professora.

Redação

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